Muitos cristãos levantam a bandeira de que Jesus odeia religião, uma
frase que tem sido pregada não só por líderes, mas também por membros de
igrejas diversas que acreditam que a maior verdade da Bíblia é não
pregar uma religião.
Mas para o reverendo Augustus Nicodemus Lopes esse tipo de
ensinamento é errado e ele apresenta quatro motivos para refutar esse
tipo de frase que tem sido propagada no Brasil.
Um motivos para provar que Jesus não odeia a religião é mostrar que
enquanto esteve na Terra, Ele lutou contra o judaísmo legalista e
farisaico de sua época. Na visão do reverendo da Igreja Presbiteriana do
Brasil, Jesus lutou contra a distorção que fizeram da religião que Deus
havia revelado para Israel.
Outro motivo seria o fato de Jesus ter participado do que era certo
da religião de seus dias. “Ele foi circuncidado, aceitou ser batizado
por João, foi ao templo nas festas religiosas, orou, deu esmolas, mandou
gente que ele curou mostrar-se ao sacerdote”, escreveu Nicodemus Lopes.
Um dos movimentos que mais chamam a atenção é o “Mais Jesus, menos religião”, o vídeo traduzido para o português já foi visto mais de 75 mil vezes com o título de “Porque odeia a religião, mas amo Jesus”. O vídeo oficial ultrapassou 21 milhões de visualizações.
Recentemente o bispo Edir Macedo escreveu em seu blog que a “Religião é a porta do inferno” fazendo com que muitas pessoas questionassem qual é a diferença entre seguir a Cristo e ter uma religião.
Veja os motivos apresentados por Augustus Nicodemus para refutar esses pensamentos:
Eu acho que frases de efeito como “Jesus é maior do que
religião”, ou ainda “Jesus odeia religião”, ou mesmo “Eu sigo a Jesus;
cristianismo é religião” não ajudam muito. Elas precisam de algumas
definições para fazer sentido.
(1) A religião que Jesus “odiou” foi o judaísmo legalista e
farisaico de sua época, que era uma DISTORÇÃO da religião que Deus havia
revelado a Israel e pela qual os profetas tanto lutaram. Logo, não se
pode dizer que Jesus é contra a religião em si, mas contra aquelas que
são legalistas, meritórias e contrárias à palavra de Deus;
(2) Jesus participou daquilo que era certo na religião de seus
dias: foi circuncidado, aceitou ser batizado por João, foi ao templo nas
festas religiosas, orou, deu esmolas, mandou gente que ele curou
mostrar-se ao sacerdote;
(3) Seus seguidores, os apóstolos, logo se organizaram em
comunidades, elegeram líderes, elaboraram declarações de fé, escreveram
livros que virariam Escritura, recolhiam ofertas, tinham locais (casas)
para se reunir – ou seja, tudo que uma religião tem. Logo, não devíamos
dizer que o cristianismo não é uma religião;
(4) É verdade que o Cristianismo através dos séculos se corrompeu
em muitos lugares e épocas. Mas, todas as vezes em que isto ocorreu,
deixou de ser a religião verdadeira para ser uma religião falsa.
Portanto o correto é dizer que Jesus odeia o legalismo religioso,
inclusive dentro do cristianismo. Mas é injusto e falso colocar Jesus
contra toda e qualquer forma de cristianismo.
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