Uma fonte da Santa Sé revelou para a agência de notícias italiana
Ansa que o Vaticano teria recebido cerca de um bilhão de libras(mais de
R$ 1,245 milhão), a antiga moeda italiana, da viúva de Enrico De Pedis
para que o corpo de seu marido fosse enterrado em uma basílica a 22 anos
atrás.
Essa testemunha garante que o então vigário-geral de Roma, o cardeal
Ugo Poletti, acabou aceitando a proposta e deu seu aval para que o
mafioso italiano fosse sepultado ao lado de antigos papas.
Ele teria usado esse dinheiro para missões e para a restauração da
Basílica de São Apolinário, onde De Pedis fora enterrado. O Vaticano
ainda não comentou essas novas informações.
Eurico De Pedis foi assassinado em 1990 e até hoje o caso não foi
solucionado. “Há pessoas que ainda estão vivas, e ainda estão dentro do
Vaticano, que sabem a verdade”, disse o procurador Giancarlo Capaldo.
A história é longa e traz outro assassinado, o de Emanuela Orlandi,
que morreu em 1983, aos 15 anos. Ela era filha de um funcionário do
Vaticano que supostamente tinha provas que ligava o Banco do Vaticano,
Istituo per le Opere di Religione, ao crime organizado. Ao que parece De
Pedis teria organizado o sequestro que terminou na execução da jovem.
O irmão de Emanuela, Pietro Orlandi, pede para o túmulo do criminoso
seja aberto para que se comprove, ou não, que os restos mortais de sua
irmã foram sepultados ao lado do corpo de seu assassino.
Diante das especulações, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi,
negou as acusações e se comprometeu a ajudar nas investigações. “Parece
que nada foi escondido e não há segredos do Vaticano a serem revelados”,
disse ele.
Com informações O Globo
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