Há um ano a presidenta Dilma Rousseff colocou fim no projeto chamado
de kit anti-homofobia que seria distribuído pelas escolas públicas em
todo o Brasil. Como um dos opositores ao material, o deputado federal
João Campos concedeu entrevista ao portal Terra esclarecendo os motivos
que fizeram com que a Bancada Evangélica, da qual é presidente, se
colocasse contra o kit do Ministério da Educação.
Campos, assim como outros parlamentares, é contra o projeto por
acreditar que ele incentivaria o homossexualismo no lugar de tratar
sobre o preconceito. “Essa questão de orientação sexual é algo que diz
respeito à vida privada, não à escola. Quem faz a opção, a gente
respeita, mas agora o poder público financiar um programa que vai
estimular os adolescentes a serem homossexuais é errado”, disse.
Na época que os parlamentares mais conservadores decidiram agir
contra a entrega do chamado “kit gay” a situação do então ministro-chefe
da Casa Civil, Antônio Palocci, estava bastante complicada, já que ele
era investigado por enriquecimento ilícito, mas João Campos nega ter
usado o caso como “moeda de troca” para barrar a entrega do material que
continha cartilhas e vídeos.
“A questão do Pallocci não era necessariamente cancelar o kit, mas
forçar a presidente a nos receber, nos ouvir, já que buscávamos falar
com ela há algum tempo a respeito desse assunto. Na medida em que nos
posicionamos, Dilma então recomendou ao ministro Gilberto Carvalho que
nos recebesse em nome dela”, afirmou.
Depois de toda a pressão, o ministro resolveu anunciar, no dia 25 de
maio de 2011, que o projeto fora vetado pela presidenta. Mas mesmo
contente com a “vitória”, Campos não acredita que o assunto homofobia
precisa deixar de ser tratado nas escolas.
“Até pode [ser discutido nas escolas], mas discordamos daquele
material, cujo conteúdo, ao invés de prevenir a homofobia, fazia
apologia ao homossexualismo, no sentido de incentivar o jovem a fazer
opção por essa orientação sexual”.
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