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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Extremistas muçulmanos envenenam mulheres que desejam estudar


Desde que o Afeganistão foi invadido pelos Estados Unidos, há mais de uma década, os membros do Talibã têm diminuído a sua influência nos rumos do país.

Contudo, alguns aspectos da vida no país continuam enfrentando barreiras e até mesmo retaliações por parte dos extremistas muçulmanos.
Agências internacionais divulgaram hoje que mais de 120 estudantes, todas meninas, além de três professoras foram envenenados no norte do país. Esse é o segundo ataque do tipo este ano. A polícia e as autoridades locais culpam os lideres islâmicos de promoverem esse tipo de situação.
A maioria dos casos ocorreu na província de Takhar, onde os milicianos talibãs, que se opõe à educação de mulheres, usaram uma substância tóxica não identificada para contaminar o ar das salas de aula. Com isso, várias alunas ficaram inconscientes e algumas faleceram.
A agência de inteligência do Afeganistão explicou que a intenção é forçar as escolas a serem fechadas antes da retirada das tropas internacionais do país, prevista para os próximos meses.
“Ao envenenar essas garotas eles querem criar um ambiente de medo. Eles querem fazer com que as famílias não mandem mais as filhas para a escola. Parte dessa operação chamada de Ofensiva da Primavera é lembrar da tradição islâmica ensinada por eles”, explicou Lutfullah Mashal, um porta-voz do governo.
Mês passado, 150 alunas foram envenenadas na região de Takhar, pois a água das escolas estava contaminada. Ataques periódicos contra estudantes, professores e escolas, ocorrem com mais frequência no sul e leste, regiões mais conservadoras do país.
Desde a saída do Talibã do poder, em 2001, as meninas afegãs voltaram a frequentar as escolas, algo proibido pelo grupo que afirma que mulheres não podem trabalhar nem ter acesso à educação.
Oficialmente, o Ministério de Educação do Afeganistão já registrou o fechamento de 550 escolas, localizadas em de 11 províncias diferentes, onde o Talibã ainda tem forte apoio.





Com informações Reuters e Associated Press

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