Igreja evangélica alemã permite pastores homossexuais em casa pastoral

O Sínodo Igreja Evangélica Luterana da Saxônia na Alemanhã permitiu recentemente que pastores homossexuais vivam com seus parceiros na casa pastoral da comunidade.

A decisão foi feita neste fim de semana quando a igreja se viu envolvida nesse debate. Agora pastores homossexuais poderão viver com seus parceiros na casa pastoral de uma comunidade em “casos excepcionais”.
Segundo o Terra, o Sínodo manteve como ideal a união entre homem e mulher com modelo para a vida pastoral. Entretanto, ele concedeu tal direito aos homossexuais desde que tenham a aprovação da direção da comunidade.
A Igreja Evangélica Luterana da Saxônia possui 15 pastores homossexuais declarados de um total de 700 pastores.
Nenhum pastor manifestou ainda o interesse de morar na casa pastoral, segundo o porta-voz Matthias Oelke.
A igreja Evangélica Luterana da Saxônia foi a terceira das igrejas regionais que formam a igreja Evangélica da Alemanha (EKD) na Alemanha, a decidir sobre a questão.

Apesar de a maioria das igrejas luteranas históricas e reformadas na Alemanha e norte da Europa aceitarem homossexuais em seu ministério, a decisão dos pastores homossexuais viverem com seus parceiros na casa pastoral não foi fácil.
“Foi uma luta de um ano”, disse o pastor Christoph Wohlgemuth, de Chemnitz, segundo o Terra.
Para David Keller, um estudante de teologia da Faculdade de Teologia de Leipzig, homossexuais não deveriam nem ser autorizados a exercer o sacerdócio.
A questão é ainda mais controversa. Keller afirma possuir uma lista com mais de 7.000 nomes de pessoas que se opõem à tal decisão, de um total de 760 mil membros da igreja.
Ele exige agora tolerância para com os cristãos que possam se sentir excluídos na igreja à medida que casais homossexuais passem a ocupar a casa pastoral.
Já para Ralf Michael Ittelmann, do movimento gay-lésbico cristão de Dresden, não há nada na Bíblia que fale dos parceiros sexuais em específico.
"Não há nada definitivo sobre esse tema na Bíblia, que fala de práticas específicas, como a pederastia, mas não de parcerias homossexuais."



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