O escritor e ativista Dan Savage ficou famoso por uma série de vídeos
postados no Youtube. Durante uma conferência recente, cerca de 100
estudantes de uma escola de ensino médio abandonaram o auditório quando
ele começou a fazer ataques à Bíblia e ofendeu aqueles que se recusaram
a ouvir o seu discurso “anti-bullying”.
O fato ocorreu em Seattle, durante a “National High School
Journalism Conference” [Conferência Nacional de jornalismo de escolas de
ensino médio] patrocinada pela Associação de Educação do Jornalismo e
a Associação Nacional de Imprensa Escolar.
O evento, que deveria ser uma manifestação contra o bullying nas
escolas, tornou-se uma coleção de ataques ao cristianismo e aos
cristãos presentes. Diante dos estudantes aspirantes a jornalistas, ele
atacou o argumento número 1 usado para justificar o bullying contra os
gays: “está na Bíblia”.
Seu argumento é que de fato existem passagens bíblicas que condenam a
homossexualidade, como existem proibições do consumo de alimentos como
camarões e lagostas ou justificam que uma mulher seja apedrejada se não
se casar virgem. Sem falar nos vários versículos que defendem a
escravidão.
Para Savage, se a Bíblia falhou nesta questão moral, porque não
falharia num assunto tão complexo quanto a sexualidade? Os alunos
cristãos não gostaram e começaram a sair do auditório assim que o
ativista citou as Escrituras. A resposta inusitada de Savage foi
chamá-los de “maricas”. E acrescentou que é preciso combater todas as
“besteiras” que estão contidas no texto sagrado dos cristãos.
Rick Tuttle, professor e assessor de imprensa da Escola de Ensino
Médio Sutter Union, da Califórnia, era uma das centenas de pessoas
presentes. Ele escreveu diz que o discurso deveria ser sobre uma coisa,
mas que acabou sendo sobre outra. “Pensei que o tópico do discurso seria
o anti-bulllying mas o que ocorreu foi um ataque direto às crenças
cristãs”, escreveu ele no seu blog.
Tuttle disse que um número expressivo de estudantes ofendeu-se com as
observações de Savage e decidiu abandonar o auditório, incluindo alguns
de seus alunos. O ambiente tornou-se hostil. ”Eles sentiram-se
atacados… um ataque direto e muito aguçado a um determinado grupo de
alunos. É surpreendente que nós saímos para ouvir um discurso
anti-bullying e um grupo de estudantes é particularmente ofendido, com
uma linguagem profana. ”
Rapidamente a internet passou a debater o assunto, com uma série de
argumentos pró e contra o discurso de Savage. Ele se defendeu em um post
no seu blog, escrito domingo, Toda essa polêmica sobre seu discurso ser
“um ataque ao cristianismo. É baboseira… é falso. Eu não estava
atacando a fé em que fui criado. Eu estava atacando o argumento de que
os homossexuais devem ser discriminados. E programas anti-bullying que
abordam assédio moral ‘motivado pela fé’ contra os gays devem repensar
seus argumentos, pois ninguém pode sofrer assédio moral somente porque
alguém diz que “lá na Bíblia diz que ser gay é errado”.
A grande repercussão sobre o caso é o fato de o presidente Obama tem
permitido que Savage criasse com o apoio da Casa Branca, uma campanha
contra o bullying de estudantes LGBT que estavam cometendo suicídio para
escapar do assédio moral. O projeto foi uma série de vídeos chamados
“It Gets better” [Vai ficar melhor] onde celebridades, esportistas e
políticos tentavam confortar adolescentes gays que acreditavam ser
vítimas de perseguição na escola por causa de sua preferência sexual.
Traduzido e adaptado de Washington Examiner e CNN
Apoio para a vida - Atos 2:42-47
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